A lua
representa o budismo, porque este prosperou grandemente no país denominado Lua
(Guashikoku) – região Oeste da China e que alastrou aos extremos Sol e Norte no
Século II. No budismo a Lua é um símbolo com importante significado, pois Buda
frequentemente a ela se referia para esclarecer seus ensinamentos: “Pensais que
a Lua morre quando se esconde no monte Shumi? Não. Ela aparentemente desaparece
sob a sombra do monte, mas sua existência é eterna”; “Quando a Lua se apresenta
no quarto-minguante, não supondes que ela foi fragmentada; a verdadeira Lua permanece
esférica e perfeita. Assim é a Perfeição Interior (Imagem Verdadeira)”.
Note-se também
que a Lua tem o formato de cruz gamada com as pontas direcionadas para o
sentido horário. Atualmente a cruz gamada é adotada como símbolo do Budismo com
as pontas direcionadas para o sentido anti-horário (antigamente era indiscriminado).
A Seicho-No-Ie
usa a cruz gamada com o giro no sentido do movimento dos ponteiros do relógio
porque representa a direção correta: o lado esquerdo avança enquanto o lado
direito recua; o direito representa a força feminina (negativa); o esquerdo, a
força masculina (positiva).
A estrela
representa o cristianismo, pois, no dia do nascimento de Jesus Cristo, três
sábios foram guiados até ele por uma estrela milagrosa. Por outro lado, a
estrela do emblema é cruciforme, com oito pontas formando ângulo de 45°,
as quais correspondem aos pontos cardeais e colaterais da Terra convergindo
para um único centro. A cruz expressa a não existência da carne, da matéria; o “X”
para anular as coisas fenomênicas. Jesus deixou-se pregar na cruz e ressuscitou
como Cristo para revelar à humanidade que o corpo carnal não existe
originariamente, e que somente a vida de Deus é existência verdadeira. O
emblema da Seicho-No-Ie traz os símbolos das três grandes religiões do mundo –
cristianismo, budismo e xintoísmo – para exprimir a unicidade da essência dos
ensinamentos religiosos: todas as religiões contêm na essência uma única
Verdade. E a missão da Seicho-No-Ie é transmitir essa Verdade única,
vivificando e esclarecendo os ensinamentos tanto de Cristo quanto de Buda ou do
Xintoísmo. Estes são os significados que encerra o emblema da Seicho-No-Ie.
(Fonte: Manual do Divulgador – SEICHO-NO-IE DO BRASIL).
A origem do emblema da Seicho-No-Ie
Este emblema
não foi criado através de alguma ideia humana. Quando a Seicho-No-Ie se
expandiu na cidade de Osaka, foi fundada uma sede regional de adeptos e eleito
como presidente o sr. Kanjiro Kadowaki, um fervoroso e grande estudioso do budismo.
Pesquisando o budismo, ele encontrou muitos pontos de difícil compreensão, por
se tratar de uma doutrina realmente complicada. Quando, porém, o sr. Kadowaki
adquiriu e leu o livro A Verdade da Vida,
compreendeu muito bem a Verdade pregada pelo budismo, a qual, até então, não conseguia
entender. Ao perceber que tal livro continha palavras de Sakyamuni escritas em
linguagem moderna, foi tomado de profunda emoção e, quando praticou a Meditação Shinsokan, orou fervorosamente
o seguinte: “Deus, se for Sua vontade, faça com que eu visualize a imagem do
Deus que transmitiu os ensinamentos contidos no livro A Verdade da Vida”.
O sr. Kanjiro
Kadowaki, com os olhos fechados, visualizou um azul intenso, igual ao do céu límpido,
e a imagem da “Deusa do amor” do budismo, que se chama Kanzeon Bosatsu.
No
cristianismo, Deus Se manifestou com a imagem masculina de “Pai do céu”, mas,
no budismo, o mesmo Deus Se manifestou em forma de mulher, como Deusa do Amor.
O sr. Kadowaki
visualizou a Deusa do Amor segurando na mão esquerda um botão de lótus prestes
a desabrochar. Por ter visto essa imagem, ele foi à minha casa, que na época
ficava na vila Sumiyoshi (hoje, cidade de Kobe), e, após relatar-me a experiência
da visão espiritual durante a Meditação
Shinsokan, perguntou-me:
-Deus que se
manifesta através da Seicho-No-Ie é de fato Kanzeon
Bosatsu?
-Deus não tem
forma, mas manifesta-Se de diferentes formas de acordo com a pessoa que O visualiza.
Se Ele achar que a imagem de Kanzeon
Bosatsu aprofundará a fé da pessoa, manifestar-Se-á como tal – respondi.
(TANIGUCHI,
Masaharu. A filosofia da Verdade que Gera Milagres. Vol. 1. 1ª Ed. São
Paulo: Seicho-No-Ie do Brasil, 1994, cap.4. p. 113).
Kanzeon Bosatsu aparece com o emblema da Seicho-No-Ie que simboliza a
identidade de todas as religiões na sua essência
Quatro anos
após esse episódio, mudei-me da província de Hyogo para Tóquio. Com o movimento
centralizado em Tóquio, a Seicho-No-Ie começou a se desenvolver cada vez mais e
pensei em criar um emblema.
Havia muitos artistas
adeptos da Seicho-No-Ie e, dentre eles, encontrava-se o prof. Yatsuharu Yamane,
eminente escultor, que na época integrava o corpo de jurados nas exposições de
esculturas realizadas pelo governo. Solicitei a ele o desenho de um emblema
para a Seicho-No-Ie que simbolizasse a identidade de todas as religiões na sua essência.
O prof. Yatsuharu
Yamane criou sete modelos e os levou a mim. Dentre os sete, escolhi este, que
considerei ser o melhor, e ele se tornou o emblema efetivo.
Definido o
emblema, mandamos fazer distintivos de metal em relevo para os adeptos usarem
na lapela. E enviamos algumas centenas ao presidente da Federação dos adeptos
da Seicho-No-Ie em Osaka, sr. Kanjiro Kadowaki, que citei há pouco, solicitou-lhe
que distribuísse aos adeptos que o desejassem.
O emblema nos
distintivos usados pelos dirigentes da Seicho-No-Ie têm cores diferentes dos
usados pelos adeptos em geral, para que possamos distinguir as pessoas que
trabalham na Sede Central. Mas as cores verdadeiras são as que constam no emblema
exposto no palco do auditório.
O sr. Kanjiro Kadowaki,
ao olhar os distintivos que a Sede Central lhe enviara, pensou: “já vi este
emblema, há muito tempo”. Lembrou-se de que, quatro anos antes, quando pedira a
Deus que lhe mostrasse a imagem de Deus que Se manifesta através da
Seicho-No-Ie, Kanzeon Bosatsu
aparecera usando uma coroa em cujo centro havia este mesmo emblema. Então ele
sentiu que realmente Kanzeon Bosatsu
era o Deus que Se manifesta através da Seicho-No-Ie, pois quatro anos antes de
surgir o emblema neste mundo, ela já o usava.
(TANIGUCHI,
Masaharu. A Filosofia da Verdade que Gera Milagres. Vol. 1. 1ª Ed. São
Paulo: Seicho-No-Ie do Brasil, 1994. cap. 4. p.114).