Relato

Relato de experiência
Retirado do site www.sni.org.br





9/2/2009Leitura de Sutra Sagrada em Gratidão aos Antepassados, cura Sueli da Sindrome Nefrótica


Nome: Sueli Sizue Kucioyada Eguchi - Mogi das Cruzes-SP
Assunto: Síndrome Nefrótica
Tenho vários relatos de experiência, mas hoje vou relatar exclusivamente o que me trouxe à Seicho-No-Ie.
Em 1994, passei o ano todo acamada, com problemas nos rins. A doença se chamava “Síndrome nefrótica”. Meus rins não estavam funcionando, e já estava sendo encaminhada para hemodiálise. Para urinar, era estimulada com remédios injetáveis e oito comprimidos muito fortes. Eu fiquei toda inchada, com doze quilos acima do meu peso, só de líquidos retidos pelo corpo. Não podia sair da cama, nem para fazer as refeições. Só para ir ao médico e fazer exames.
Bem, quando estamos doentes, aparecem muitas pessoas, de todas as religiões, querendo ajudar. Vieram padres, budistas, espíritas, e também uma preletora da Seicho-No-Ie, através de minha sogra. E ela não veio sozinha; trouxe dois preletores e mais algumas pessoas, que ficaram ao redor da minha cama, lendo a Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade. Senti-me como se estivesse no meu velório. Quando saíram, fiquei muito brava com meu marido e disse a ele: “Nunca mais deixe sua mãe trazer essas pessoas aqui; me senti como uma defunta no meu velório, com todos rezando ao redor da minha cama, e eu toda inchada, com a cara toda deformada”.
Mas os dias, os meses, foram passando, e nada de cura. Fui ficando cada dia mais triste, e percebi que não conseguia mais sorrir. Ia à frente do espelho, forçava, mas não sorria. Então pensei: “Não vou morrer de doença; vou morrer de tristeza! Preciso procurar alegria”. Então me lembrei de que era quinta-feira, e sabia que tinha reunião na Associação Local de Suzano. Peguei o carro sem falar nada a ninguém e fui até à Associação mais próxima. Cheguei, fiquei na última cadeira, pois, se não gostasse, sairia correndo. Fui recebida justamente pela preletora que fora à minha casa fazer oração, e isso me surpreendeu muito – comecei a ver as mãos de Deus me guiando – e ela disse:
– Filha, você sabia que hoje era dia de “Cerimônia em Memória dos Antepassados”, por isso você veio?
E eu neguei, pois nem sabia o que era isso. Mas lá fiquei, só observando, e achando tudo muito bonito. Mas percebi que era a mesma oração que fizeram para mim e pensei: “Viu, como era para os mortos mesmo?”. Permaneci lá e achando lindo, reparando quais eram as páginas que liam, esticando o pescoço para ver a sutra da pessoa que estava à minha frente.
Voltando à minha casa, resolvi colocar em prática e ler a sutra sagrada, mas jamais acreditando que aquele livrinho pudesse me curar. Comecei a procurar a sutra sagrada nas minhas coisas, pois minha sogra me dava revistas e livros da Seicho-No-Ie, e eu engavetava tudo. Achei-a, sentei à beira da cama e, do meu jeito, ofereci a leitura aos meus antepassados e à minha mãe já falecida. Li no primeiro dia, no segundo dia, e, no terceiro dia, quando estava no meio da leitura da Sutra, senti uma dor muito forte no abdômen. Deixei a Sutra na cama, fui ao banheiro e urinei durante quinze minutos sem parar. A urina jorrava fortemente, e, em duas semanas, todo o excesso de líquido do meu corpo saiu.
Nesse momento, a partir desse dia já estava completamente curada. Meus rins se normalizaram, e o meu médico não conseguiu acreditar no que via e me disse: “Sueli, eu não sei curar isso. Todos que vieram com esse problema foram para transplante ou morreram. Agora, curar, é a primeira vez. Quando aparecer alguém com esse problema, vou mandar para você, pois eu não sei curar isso, não. Traga aquelas revistinhas e deixe na sala de espera”.
Bem, isso aconteceu em fevereiro de 1995 e, em maio do mesmo ano, eu já estava participando, pela primeira vez, de um Seminário de três dias na Academia Sul-Americana de Treinamento Espiritual em Ibiúna-SP.
Tudo era novo para mim. Não entendia por que me agradeciam tanto. E qual não foi o meu espanto quando, no último dia, serviram feijoada. Eu não acreditei naquilo, pois estava há quase dois anos sem comer nada de sal. Fiquei espantada e pensei: “Esse pessoal é doido! Como eu, deve haver pessoas com pressão alta aqui, e eles servindo feijoada...?!!”. Então parei para pensar: “Eu fiquei aqui três dias, ouvindo que o homem é filho de Deus e que a doença não existe. Agora eles vão me provar isso. Vou comer, vou ter um problema de saúde, morro, e a Seicho-No-Ie vai ter de dar explicações para isso”.
Peguei um prato, coloquei tudo a que tinha direito, carnes gordurosas, pimenta... Enchi o prato. Imaginem o meu apetite, pois a comida parecia muito saborosa. Bom, fui para o final da mesa e comi tudo, e fiquei esperando, e nada aconteceu. Não inchei nada e, a partir daquele momento, nunca mais deixei de comer sal.
O ensinamento “o homem é filho de Deus” entrou no âmago do meu ser e, em gratidão a essa maravilhosa descoberta, me dedico a iluminar o maior número possível de pessoas como divulgadora, passando por vários cargos que menciono abaixo.
E, novamente, este ano, atendendo ao chamado de Deus, assumo o cargo de presidente da Federação das Associações Pomba Branca da Regional SP-MOGI DAS CRUZES.
O que eu penso realmente é que não é a Seicho-No-Ie que precisa de mim; eu é que preciso da Seicho-No-Ie! E acredito que o Brasil tem pessoas maravilhosas, solidárias, que recebem os estrangeiros com muito calor humano, e isso faz crescer a grande oportunidade de divulgarmos a Seicho-No-Ie aqui, para atingirmos o mundo.
Agradeço aos meus antepassados, aos meus pais, ao meu marido pela paciência e amor, a todos vocês pela grande oportunidade, e a Deus, por me dar uma nova chance, e principalmente à minha sogra, que me fez conhecer essa maravilhosa filosofia.
Muito obrigada! Muito obrigada!




O despertar que mudou a vida de toda a família

Pobreza, conflitos e sentimentos de inferioridade deixaram de existir quando os princípios da Seicho-No-Ie entraram em ação no destino de Bruno
Reverências, muito obrigado!
Falar de mim é falar da minha vida de cigano. Nasci em Marília, no interior de São Paulo. De lá fui morar em Cuiabá, Mato Grosso. Depois fui para Campo Grande, Mato Grosso do Sul. De lá fui para Fortaleza no Ceará. Depois vim morar aqui em São Paulo. De São Paulo fui morar em  Goiânia, Goiás. E agora faz um ano e quatro meses que estou morando novamente em São Paulo.
Quando falo que morei em todos esses lugares, a maioria das pessoas pensam: “Puxa! Ele deve ser rico pra caramba!”. Mas na verdade todas as vezes que mudei de uma cidade para outra foi devido a diversas dificuldades que eu e minha família passamos juntos.
Já antes de eu nascer... um grande dilema. Minha mãe ficou grávida quando ela tinha 17 anos de idade. Hoje, pela sociedade seria algo até que aceito, mas não em 1982, ainda mais sendo de família tradicional japonesa. Não bastasse isso, meu pai era alcoólatra e em vários momentos agredia a minha mãe verbal e fisicamente.  Minha mãe chegou a ouvir da família que o melhor a ser feito era o aborto ou, quando eu nascesse, fosse dado para uma família.
Minha mãe, não se importando com as circunstâncias, e sim com a vida, deu à luz no dia 16 de setembro de 1982 na cidade de Marília, em São Paulo.
Quando eu tinha pouco mais de um ano de idade, não aguentando mais as agressões que sofria, minha mãe “fugiu” de casa, sem avisar ninguém, nem a famí­lia, pegando o primeiro ônibus que passava na rodoviária.
Nessa outra cidade, em Cuiabá, minha mãe conheceu meu outro pai, o Juvenal. Com ele, ela teve mais três filhos: a Karine, o Thiago e a Pollyane. Eu fui um sorteado por Deus, pois, mesmo não sendo sangue de seu sangue, era a mim que esse “novo pai”, mesmo tendo outros filhos com a minha mãe, mais demonstrava carinho. Não porque ele me amava mais do que os outros filhos, mas porque ele sabia que eu era o filho que mais precisava ser amado!
Nós, durante muito tempo, passamos por dificuldades financeiras e materiais. Chegamos a morar de favor em seis pessoas num quarto. Tínhamos praticamente apenas a roupa do corpo para usar. As poucas roupas que tínhamos ficavam guardadas em sacolas plásticas. A pouca comida, que na maioria das vezes era só um arroz, ficava guardada em caixas de papelão, pois não tínhamos móveis. Chegamos a ter de dormir no chão, porque não tínhamos cama, muito menos colchão. À noite forrávamos um lençol no chão para poder dormir. Às vezes eu acordava com baratas passando por cima de mim. Essa situação me entristecia muito.
É por isso que mudávamos tanto de um lugar para o outro. Mudávamos para tentar uma vida melhor.
Essas mudanças todas e as dificuldades que passamos fizeram com que eu me tornasse um jovem muito tímido devido ao complexo de inferioridade que tinha. Eu era complexado por ser pobre, por me achar feio. Era tão tímido, tão tímido que chegava a ser antissocial. Eu tinha até vergonha de sair da sala de aula na hora do intervalo tamanha timidez.
A minha vida começou a mudar quando comecei a participar ativamente das reuniões da Associação dos Jovens da Seicho-No-Ie em Goiânia e dos Seminários de Treinamento Espiritual na Academia de Ibiúna, em São Paulo. Nas atividades em sempre ouvia: “Você nasceu para dar certo! Nasceu para ser feliz! Você é filho de Deus! Não importa o ambiente de adversidade, Deus sempre estará contigo! Você é a melhor criação de Deus! Você pode realizar todos os seus sonhos!”.
Todas as vezes que eu ouvia essas palavras me sentia grande. Sentia-me fortalecido! Porém, confesso que não era fácil voltar para casa com todo gás de um Seminário de Treinamento Espiritual para Jovens e ver que materialmente faltava de tudo em casa. Mas algo não faltava, que era a harmonia familiar e os ensinamentos da Seicho-No-Ie.
Em casa aprendemos duas lições: a primeira é que é justamente no ambiente de adversidade é que devemos colocar em prática os ensinamentos da Seicho-No-Ie. A segunda foi agradecer o pouco que tinha, pois como que você se sente merecedor de algo melhor se você é incapaz de agradecer o que você tem hoje. Foi um desafio e tanto pra gente, pois agradecer quando tudo está bom é muito fácil.               .
A minha mãe agradecia a tudo e a todos. Mesmo quando só tínhamos arroz para comer, ela agradecia. Ela fazia bolas de arroz com as mãos e falava: “Nossa, que arroz gostoso! Experimenta!”. Eu confesso que ficava com raiva, pois como que eu ia agradecer uma simples bola de arroz? Pensava que minha mãe vivia no “mundo Peter Pan”, no “mundo Poliana”, mal sabia eu que minha mãe contemplava nada mais, nada menos, que o Mundo da Imagem Verdadeira, onde já tínhamos tudo!
Aplicando os ensinamentos da Seicho-No-Ie, hoje minha família tem uma vida próspera, com casa mobiliada e carro na garagem. Mora em Goiânia, Goiás.
Através da Oração da Reconciliação, minha mãe se reconciliou com o meu pai biológico, e foi numa Convenção Nacional dos Jo­vens que eles se reencontraram depois de quase duas décadas e, hoje, conservam uma amizade. Sempre que posso vou visitá-lo, já que mora aqui em São Paulo também!
Quanto a mim, eu ouvia nas reuniões nos jovens “timidez não é atributo de Deus, portanto você, sendo filho de Deus, não há de ser tímido”. Essas palavras me encorajaram a vencer a minha timidez. Pouco a pouco comecei a ajudar nas atividades da AJSI. Porém, todas as vezes que subia no palco para fazer alguma atividade, como para fazer a leitura de uma oração ou dar algum aviso, as pessoas não entendiam direito o que eu falava, pois eu falava rápido, gaguejava e ainda tremia. Isso era devido a minha timidez e a minha insegurança.
Mas o mestre Masaharu Taniguchi me ensinou no O Livro dos Jovens que vence aquele que tem determinação e coragem. Não desisti. E aquilo que era o meu ponto fraco passou a ser o meu ponto forte.
Hoje sou Líder da Iluminação da Seicho-No-Ie e funcionário da Sede Central. Trabalho na Superintendência da Associação dos Jovens da SEICHO-NO-IE DO BRASIL. Me empenho para ajudar os jovens assim como fui ajudado!
Agradeço à Associação dos Jovens da SEICHO-NO-IE DO BRASIL por acreditar em mim!
Mãe, obrigado por não ter desistido de mim! Para mim você é uma guerreira! Se sou o que sou hoje é porque sempre tive você ao meu lado para me espelhar! Você é o meu porto seguro, minha fortaleza!
Jovens, finalizo com o trecho do poema “Deus fala comigo”, em que o mestre Masaharu Taniguchi nos escreveu: Desperte, conscientize-se da sua Imagem Verdadeira! Você é filho de Deus! A sua fé em Deus pode até vacilar, mas a fé de Deus em você jamais vacilará!


Bruno Chiba Faccini
Relato realizado na 55ª Convenção Nacional da AJSI/BR